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Processamento x Palatabilidade

PROCESSAMENTO x PALATABILIDADE

* Carlos Magno da Rocha Junior (CRMV-MG 1991/Z) – Zootecnista, Dr./ Consultor pet food – [email protected]
* Glaucio Magalhães Gonçalves (CRMV-MG 807/Z) – Zootecnista e consultor GMG consultoria & cursos – [email protected]

A indústria pet food continua crescendo, mesmo diante de uma pandemia, provando com números que animais de estimação não são supérfluos, conforme tributação do Brasil preconiza. Diante desse cenário de pandemia, com alta nos preços dos ingredientes e até mesmo dificuldade de compra de matérias primas, as fábricas e os nutricionistas tiveram que se preocupar com limitações e formas diferenciais de adequação e desenvolvimento de seus produtos.

Os alimentos secos extrusados para cães e gatos, principalmente os inseridos nas segmentações econômica, standard e até mesmo premium, tiveram alterações constantes em suas formulações, na busca de minimizar os efeitos no custo final do produto.

O processo de extrusão é uma tecnologia muito eficiente amplamente utilizada no processamento de alimentos para humanos e animais. Empresas que fornecem rações extrusadas para o mercado pet food procuram produzir produtos de elevada qualidade, não somente do ponto de vista nutricional, mas também sensorial (visual e olfativo) e de alta segurança alimentar.

Pode-se considerar que cerca de 95% dos alimentos secos para cães e gatos são produzidos através do processamento por extrusão (SPEARS; FAHEY, 2004), o qual é um processo em que são aliadas elevadas temperatura, umidade e pressão no processamento, promovendo importantes efeitos como esterilização do alimento, redução dos fatores antinutricionais e melhora na digestibilidade de proteínas e amido, principalmente (Ribeiro, 2018 adaptado).

Podemos relacionar alguns pontos importantes em que existe uma elevada relação com o processo de extrusão, em que o processo influencia ou é influenciado. Os principais são: amido, proteína, lipídeos e palatabilidade. Todos aspectos importantes e que podem fazer diferença durante o processamento, porém a parte de palatabilidade muitas vezes fica “esquecida”, pois alguns formuladores se apegam simplesmente ao efeito palatabilizante, como se fosse a solução para sanar problemas com palatabilidade.

Para os animais a palatabilidade engloba fatores como sabor, aroma, apreensão e sensação de mastigação (textura, forma e tamanho dos extrusados). Esta é normalmente referida como aceitabilidade, valor de preferência alimentar e comportamento de ingestão. É fator chave na seleção da dieta pelos cães e gatos, estando estreitamente relacionada com seu sucesso comercial.

Os fatores mais estudados que determinam a palatabilidade dos alimentos são a composição de nutrientes (teores de gordura, proteína e carboidratos) e os tipos de ingredientes (proteínas e gorduras de origem animal, ingredientes de origem vegetal, ingredientes fibrosos) (HULLÁR et al., 1998). No entanto, o processamento por extrusão é igualmente importante, pois determina vários aspectos estreitamente ligados à palatabilidade e preferência alimentar, como crocância, dureza, forma, tamanho, odor e sabor da ração.

Todas essas características são fortemente influenciadas pelas condições de processamento da extrusão (CARCIOFI et al., 2012, citado por Pacheco, 2016). As características macroestruturais dos “kibbles” extrusados são o resultado da formulação (teor de amido, proteína, gordura e fibra), tipo de ingredientes (proteína vegetal ou de origem animal) e condições de processamento, incluindo a umidade no canhão extrusor, tempo de residência no condicionador e no canhão da extrusora, transferência de energias mecânica e térmica, velocidade de rotação e configuração da rosca, relação entre área aberta da matriz e produção horária de alimentos, temperatura do cilindro ou camisa, temperatura e pressão da massa em processamento e tipo e velocidade de corte das facas (RIAZ, 2007).

Juntos, todos esses parâmetros determinarão a expansão radial e longitudinal do “kibbles”, sua densidade aparente e específica, comprimento específico, estrutura celular, dureza e crocância (TRIVEDI e BENNING, 2003, citado por Pacheco, 2016).

Veja a matéria completa clicando no link aqui.

PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA DA REVISTA PET FOOD.
PROIBIDO A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL SEM AUTORIZAÇÃO DA EDITORA STILO.

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