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As opções em secadores e resfriadores

Secadores e resfriadores – Seja qual for as versões, o propósito é manter a carga nutricional e garantir a uniformidade da umidade dos alimentos

As opções em secadores e resfriadores

Imprescindíveis na produção das rações, esses equipamentos são submetidos a constantes aprimoramentos. Os secadores horizontais e os resfriadores contrafluxo continuam dominando o mercado

Por: Lia Freire

Os secadores e resfriadores assumem importantes funções no processo de produção dos alimentos. Esses equipamentos são utilizados após a extrusão, quando os alimentos recebem água e vapor, ocasionando um aumento em sua umidade (normalmente acima de 20%) e temperatura. No entanto, para ser embalado e ter uma validade adequada, sem que desenvolva mofo e bolor, é necessário que a ração atinja determinados níveis de umidade e temperatura.

Enquanto os secadores são utilizados após a extrusão para retirar o excesso de umidade dos pellets e estabilizar a umidade, os resfriadores desempenham suas funções após o recobrimento, normalizando a temperatura do pellet com a temperatura ambiente, evitando que o produto condense dentro da embalagem. “Os secadores têm a função de trazer os níveis de umidade para faixas que permitem a conservação das partículas de pet food dentro dos prazos garantidos pelas empresas fabricantes. Como os alimentos deixam o secador com temperaturas acima de 50°C, entram em ação os resfriadores com a tarefa de baixar a temperatura do alimento para níveis pouco acima da temperatura ambiente verificada na planta de processamento. Lembrando que temperaturas muito acima do ambiente também podem favorecer o desenvolvimento de fungos e bolores”, esclarece o responsável pela Área de Vendas da PROMEP, José Augusto Queiroz Júnior.

Em sua linha de secadores, a PROMEP – que leva em consideração a economia de energia, eficiência dos processos e automação dos processos – oferece versões horizontais de duplo passo e capacidade de até 15 ton/hora. Sobre os resfriadores, o fabricante desenvolveu do tipo contrafluxo – em que o ar de resfriamento do produto se desloca em sentido contrário ao do fluxo das partículas que estão sendo submetidas ao processo. “De operação e manutenção simples, os nossos secadores horizontais trazem ótimos resultados e exigem uma manutenção simples, desde que a conservação seja correta, mantendo a performance inalterada ao longo do tempo de utilização. Já os resfriadores não possuem partes móveis que podem se desgastar ao longo do tempo, exigindo baixo nível de trabalho de manutenção”, cita José Augusto.

A questão da uniformidade no processo de secagem é apontada por José Augusto como imprescindível, evitando o surgimento de partículas emboloradas no alimento. Quando o secador não proporciona essa uniformidade de secagem é preciso baixar excessivamente a umidade do produto para que os níveis mais altos de umidade presentes em algumas partículas não sejam suficientes para permitir o desenvolvimento de bolor. “Esse procedimento se traduz em perda de capacidade de produção e, muito mais grave, em perda financeira pelo baixo nível médio de umidade no produto. Temos visto em muitas plantas, alimentos deixando o secador 2 a 3% mais secos do que o necessário. Essa perda ao logo do tempo e, principalmente, quando se fala em meses ou até em anos, representa montantes de recursos extremamente elevados”, alerta.
A homogeneidade na secagem também é lembrada pelo Gerente Comercial da Tecnal, Jeferson de Oliveira, como um aspecto imprescindível. “O secador pode ser avaliado pelos consumos de energia (kw/ton) e de vapor (kg/ton) que estão relacionados à capacidade e homogeneidade de secagem. Em inúmeros casos o fator homogeneidade não recebe a devida atenção, causando perda de eficiência que impacta diretamente na qualidade do produto”, observa.

Jeferson explica que a homogeneidade pode ser detectada de maneira simplificada, dividindo em três partes a camada de produto depositada sobre a esteira: direita, centro e esquerda, fazendo análises em todas elas para identificar a umidade em cada uma, gerando um comparativo para detectar a homogeneidade. “Os secadores Tecnal são desenvolvidos para atender as demandas com a máxima qualidade, baixo consumo e alta eficiência, proporcionando aos clientes um excelente custo-benefício. São equipamentos robustos de grande durabilidade e baixa manutenção.”

Desenvolvendo secadores horizontais, com duas a quatro zonas de diferentes temperaturas de secagem, para assegurar que nunca se aplique altas temperaturas em pellets de baixa umidade, a empresa ANDRITZ Feed & Biofuel ressalta que esses tipos de equipamentos desempenham sua função levando em consideração a manutenção das características nutricionais do alimento e, também, apresentam baixo consumo de energia por kg de água evaporada. Em relação aos resfriadores, a ANDRITZ apresenta a versão contrafluxo, possibilitando uma fácil limpeza. “As atuais demandas são por secadores horizontais que mantenham a carga nutricional do produto, além de garantir a uniformidade da umidade no produto final e resfriadores contrafluxo, que possuem contaminação baixa, inocuidade e facilidades na operação para as trocas de fórmulas e para a limpeza”, cita Fabiano Baciuk, Sales Managing Director da ANDRITZ Feed and Biofuel Latam, ressaltando que a empresa está estruturada para oferecer um pós-venda eficaz por meio de uma equipe composta por engenheiros e técnicos que possuem conhecimento não somente das máquinas, mas também dos processos, além da disponibilidade em estoque de peças e equipamentos.

Melhorias e inovações
Quem também oferece ao mercado os secadores horizontais de dois e três passes e os resfriadores com sistema contrafluxo é a Ferraz Máquinas. De acordo com o Sócio-Diretor da empresa, José Luiz Ferraz, ao longo dos anos, várias modificações e inovações foram realizadas nesses maquinários, tornando-os mais eficientes do ponto de vista de consumo de energia e de uniformidade na secagem das rações, um item que é de extrema importância e de grande impacto no custo da operação de secagem. “Quanto maior a uniformidade na unidade do produto na saída do secador, maior a possibilidade de se trabalhar com unidades mais próximas ao limite máximo da porcentagem de água no produto, gerando uma venda de maior peso de ração. Um outro ponto que sofreu considerável mudança foi a automação aplicada aos secadores e resfriadores, tornando os processos mais seguros, confiáveis e menos dependentes do fator humano.”

O executivo aponta duas importantes características dos secadores horizontais: primeiro, não danificam o produto, conduzindo-o sobre uma esteira de forma suave e sem choques mecânicos; segundo é a otimização do espaço ocupado, uma vez que trabalham com duas ou três esteiras, economizando espaço sobre o piso. Em relação ao resfriador por contrafluxo, José Luiz declara que é o sistema mais moderno existente hoje, com grande eficiência energética, reduzindo a ocupação de espaço no chão de fábrica, além facilidade na hora da limpeza e ausência de danos mecânicos ao produto.

Para 2019, a Ferraz apresenta uma nova linha de secadores, visando melhor eficiência, maior uniformidade na secagem e maior índice de automação do processo. Há, por exemplo, um sensor de umidade on-line que pode ser instalado na saída do produto, possibilitando uma velocidade muito maior na leitura da umidade e mais segurança na operação. Esse medidor de umidade também serve para comandar variáveis do processo, aumentando o nível de automação do secador. “Estamos projetando novos investimentos no sentido de aumentar os níveis de automação”, acrescenta José Luiz. No caso dos resfriadores, a empresa está substituindo os cilindros pneumáticos por hidráulicos, eliminando o consumo de ar do equipamento, possibilitando uma abertura e fechamento das comportas de descarga com mais precisão.

A Ferraz por meio do seu corpo de técnicos especializados em prestar serviços de assistência técnica nas instalações dos clientes não só disponibiliza o suporte técnico necessário, mas também proporciona a implantação de benfeitorias e melhorias nos secadores mais antigos. Estas melhorias, quando implantadas nos antigos modelos, proporcionam uma considerável melhora no desempenho e eficiência dos mesmos, aproximando-os dos modelos mais modernos. “O objetivo deste trabalho de pós-venda é conseguir que o cliente obtenha o melhor resultado possível com o equipamento que tem, extraindo dos mesmos o máximo possível em eficiência e resultados”, afirma José Luiz.

Maior controle da temperatura
Os secadores da Wenger têm um design que possibilita ter seções de resfriamento anexas ao secador, o que favorece um controle mais preciso da temperatura do produto em sua saída. “As evoluções no design do secador, que contribuem para uma melhor adequação do fluxo de ar, representam um importante avanço com consequência direta na eficiência do equipamento. Muitos clientes utilizam este design, pois ele possibilita uma maior eficiência de recobrimento do kibble, a uma temperatura controlada”, afirma o Diretor Global de Vendas da Divisão Pet da Wenger Manufacturing, José Mauricio Bernardi.

Tendo como foco principal dois aspectos: a eficiência energética com homogeneidade de secagem e a segurança de alimentos, os secadores da Wenger, com condições sanitárias “Wenger Sanitary Dryer” possuem um dispositivo localizado antes da entrada do produto no secador, que faz uma leitura on-line da densidade do produto, possibilitando por meio do sistema de automação que sejam feitas correções automáticas do processo para que sempre haja a máxima eficiência de secagem.

Na categoria de resfriadores, que também pertence a linha de equipamentos com condições sanitárias, a Wenger tem os verticais de contrafluxo, que devido o seu design evita internamente o choque e/ou atrito entre os kibbles, anulando suas quebras ou lascas, e reduzindo a quantidade de finos que é gerada. “Temos um departamento de engenharia com uma divisão de desenvolvimento e inovação que trabalha a partir das demandas dos clientes, procurando concretizar as soluções em novos e eficientes equipamentos”, explica José Mauricio.

Otimização de espaço e melhores resultados
O Diretor da Manzoni Industrial, Luciano Manzoni, faz uma importante observação em relação à operação de secagem: “ela é a grande consumidora de energia e está ligada diretamente à qualidade do produto final, portanto, o mercado sempre busca por equipamentos que entreguem um produto com baixo coeficiente de variação da umidade e um consumo de energia reduzido, visando a máxima eficiência energética e a maximização da produção com qualidade. O mercado anseia por projetos modernos, inovadores, econômicos e com capacidade de produzir as melhores rações. É isso que a Manzoni oferece.”

Disponibilizando secadores e resfriadores verticais de contrafluxo de 1, 3, 6 e 10 ton/h, o Diretor da Manzoni, Luciano, destaca as seguintes características dos equipamentos: pequena área ocupada, algo em torno de 50% menor que os secadores horizontais; automatização completa com menor interferência do operador; baixo consumo de energia, já que o secador aproveita parte do ar utilizado no processo e assim necessita de menos energia; sistema de aquecimento de alta tecnologia integrado, gerando menor consumo de gás ou vapor, exigindo uma caldeira até 50% menor que os secadores horizontais do mercado; secagem do produto uniforme, com uma variação de aproximadamente 0,6% gerando maior eficiência na retirada de água, resultando em maior lucratividade e qualidade final do produto.

Sempre trabalhando para aprimorar o desempenho dos seus maquinários, os secadores Manzoni foram submetidos a vários ajustes ao longo desses anos e os principais foram nos ventiladores que passam a ser do tipo monobloco, diminuindo drasticamente a manutenção e a vibração já que o motor está ligado diretamente ao rotor; os agitadores tiveram alterações na sua rotação e profundidade, diminuindo a geração de finos e as comportas sofreram mudanças no seu perfil, facilitando o descarte e melhorando a eficiência e homogeneidade da secagem. Os resfriadores receberam os mesmos ajustes dos secadores e é importante ressaltar a evolução das tecnologias em relação ao resfriamento. “Este processo representa 15 a 18% do processo de fabricação de ração, porém é um dos itens mais importantes do processo, pois é necessário baixar a temperatura do produto antes de ensacar, para evitar a proliferação de fungos”, alerta Luciano. Além do seu portfólio, a Manzoni disponibiliza serviços de assistência técnica e pós-venda, maximizando o desempenho, eficiência e valor dos equipamentos. Com uma ampla gama de ferramentas analíticas, programas de manutenção e serviços de reparação para auxiliar os seus clientes a chegarem a uma solução de custo adequado, seja para reparação, substituição, otimização ou atualização dos equipamentos.

Caso queira ler o artigo completo clique aqui.

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA PET FOOD – EDIÇÃO JUL/AGO 2019.
PROIBIDO A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL SEM AUTORIZAÇÃO DA EDITORA STILO

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