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Maior usina de biodiesel do mundo será brasileira: Grupo Potencial investe R$ 2 bilhões no Paraná

Em entrevista ao programa Energia Agro, Carlos Eduardo Hammerschmidt, vice-presidente do Grupo Potencial, detalha os ambiciosos investimentos da empresa no setor de biocombustíveis e reafirma o papel do biodiesel na transição energética e no desenvolvimento do agronegócio.

O Brasil está prestes a abrigar a maior usina de biodiesel do mundo. O anúncio foi feito por Carlos Eduardo Hammerschmidt, vice-presidente do Grupo Potencial e, vice-presidente de relações associativas e institucionais da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), durante entrevista ao programa Energia Agro. Segundo ele, a planta em construção no município da Lapa (PR) terá capacidade para produzir 1,8 bilhão de litros de biodiesel por ano, consolidando o país como protagonista global na produção de biocombustíveis. “Estamos iniciando uma planta de esmagamento de soja com capacidade de até 7 mil toneladas por dia. É um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões”, afirmou.

Com sede no Paraná, o Grupo Potencial se destaca por sua atuação integrada na cadeia do agronegócio e energia. “Cerca de 30% do óleo vegetal esmagado no estado passa pela nossa indústria. Isso significa que 30% da soja industrializada vira biodiesel. Criamos um ecossistema circular que gera valor ao agronegócio brasileiro”, destacou Dudu, como é chamado por Donizete Tokarski, apresentador do programa e consultor em bioeconomia. Além do biodiesel, o grupo atua em transporte, logística, distribuição de combustíveis, importação e produção de glicerina refinada — área na qual lidera o mercado nacional.

Outro destaque da entrevista foi o inédito projeto de dutos para escoamento de biocombustíveis. Hammerschmidt revelou que, em parceria com a Compagás, o grupo irá construir um duto ligando a planta em Lapa ao polo distribuidor em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. “Já existe um duto pequeno em Rondonópolis. O nosso terá 55 quilômetros de extensão e será o maior do país”, afirmou. A infraestrutura promete reduzir custos logísticos e garantir mais eficiência ao abastecimento nacional.

Durante a conversa, Carlos Eduardo Hammerschmidt também comentou os desafios enfrentados pelo setor, como as fraudes no diesel importado, que comprometem a mistura obrigatória de biodiesel. “Solicitamos à ANP acesso às notas fiscais de entrada do diesel importado. Isso traria mais controle e eficácia à fiscalização”, defendeu. Ele ainda explicou que a identificação da fraude é mais difícil no biodiesel, exigindo equipamentos como espectrômetros, já utilizados em estados como o Espírito Santo.

A entrevista ainda abordou os impactos sociais e ambientais dos investimentos. “Só no ano passado, investimos R$ 15 milhões em cooperativas do Nordeste. Com a ampliação da planta em Lapa, teremos 600 empregos diretos e entre 1.000 e 1.500 indiretos”, destacou. Questionado sobre a viabilidade técnica do biodiesel, Hammerschmidt foi enfático: “Já temos montadoras dando garantia para mistura de até 100%. Isso mostra que o biodiesel é viável, seguro e essencial para a transição energética.”

FONTE: UBRABIO

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