Palma:
O momento atual é de muita oscilação, com ajustes nos preços e cautela nas compras. Os compradores estão realizando apenas compras necessárias, trabalhando com estoques mínimos nas indústrias.
O mercado nas bolsas tem apresentado variações frequentes devido a notícias sobre produção e fatores climáticos. É extremamente difícil prever qualquer referência de preços, o que exige que vendedores e compradores acompanhem o mercado nas bolsas, estoques físicos, importações e outras fontes de forma frenética.
Os preços do óleo de palma estão sendo negociados entre R$ 4,90 e R$ 5,00/kg para o bruto e R$ 5,80 e R$ 6,00/kg para o refinado, ambos considerando o frete para SP incluído e um prazo de 30 dias. Esses valores se referem a óleos produzidos por fornecedores de origem nacional.
Soja:
Mesmo durante a entressafra, os preços da soja continuam pressionados, devido aos estoques elevados e à fraca demanda. Houve uma recuperação nos preços internacionais devido a notícias de seca nos Estados Unidos, um dos maiores produtores de soja do mundo.
No mercado físico, o impacto não foi tão significativo, devido à queda importante na taxa de câmbio entre o dólar americano e o real brasileiro. É importante manter atenção também nos preços do petróleo, possíveis cortes da OPEP e na situação entre Rússia e Ucrânia, considerando que o acordo de exportação vence na metade de julho.
Outro fator relevante a ser acompanhado nas próximas semanas é o início da safra nos EUA.
Soja degomada:
Vendedor: R$ 4800 / 5000 com 12% CIF
Comprador: R$ 4500 / 4600
Sebo:
No mercado local atualmente, o sebo está sendo ofertado a R$ 4,40 com 12% CIF para SP. As informações e indicativos desse setor sustentam ainda mais a crença de uma possível queda, ou no máximo estabilidade, nos preços.
O abate está em alta, estima-se que o Brasil irá abater 1 milhão de cabeças a mais em 2023 em comparação com 2022, o que corresponde a um aumento de 20 mil toneladas de sebo no mercado.
A constante variação na tributação para a compra de matéria-prima para biodiesel tem impactado significativamente o setor, gerando ainda mais especulações sobre uma possível queda nos preços.
Uma boa notícia a ser acompanhada são as exportações para os EUA, pois a América do Norte apresenta uma alta demanda para a produção de biocombustível.
Fonte: Aboissa News
Vinícius Santana | Broker da unidade Palm & Lauric Oils